Sobretudo a partir da segunda metade do
século XIV, o escrivão da puridade foi assumindo funções cada vez mais importantes, passando a ser o detentor do Selo do Camafeu (ou Selo da Puridade) que permitia autenticar os documentos sem passar pela
Chancelaria-Mor e a ser responsável pelos assuntos relacionados com as
Cortes e pelos negócios estrangeiros. O cargo de escrivão da puridade acabou por ganhar preponderância sobre todos os outros cargos do Estado, como os de
chanceler-mor, de
mordomo-mor e de vedor da fazenda, passando a funcionar como uma espécie de
primeiro-ministro.
Assumindo cada vez mais funções de Estado, o escrivão da puridade acabou por perder a sua função original de secretário pessoal do Soberano, sendo criado o cargo de secretário de el-Rei para o substituir no desempenho desta função.