O
açafrão é extraído dos
pistilos de
flores de
Crocus sativus, uma
planta da família das
Iridáceas. É utilizado desde a
Antiguidade como
especiaria, principalmente na
culinária do Mediterrâneo — região de onde a variedade é originária — no preparo de
risotos, aves, caldos,
massas e doces. É um item essencial à
paella espanhola. É tida como uma das mais caras ou a mais cara especiaria do mundo uma vez que, para se obter um quilo de açafrão seco, são processadas manualmente cerca de 150.000 flores, e é preciso cultivar uma área de aproximadamente 2000 m². Quando seca, a flor desprende de seus órgãos um pigmento amarelo e um óleo volátil, tradicionalmente usado como corante de tecidos.
O açafrão também tem sido empregado para fins medicinais, há séculos. Historicamente foi utilizado no tratamento do
cancro e de
estados depressivos. Tais aplicações têm sido pesquisadas atualmente. Efeitos promissores e seletivos contra o câncer têm sido observados
in vitro e
in vivo, mas não ainda em testes clínicos. Efeitos
antidepressivos também foram encontrados
in vivo e em estudos clínicos preliminares. Há portanto interessantes perspectivas de uso dos extratos de açafrão na
fitoterapia racional.