Em 1904, o Brasil começou um enorme projeto de construção naval que incluia três navios de guerra de 11 800
toneladas cada. O projeto e encomenda dos navios demorou dois anos, porém esses planos foram abandonados depois do revolucionário conceito do
couraçado ter deixado o projeto brasileiro obsoleto. Dois couraçados foram então encomendados, fazendo do Brasil o terceiro país do mundo com tais tipos de navio em construção, antes mesmo de potências tradicionais como
Alemanha,
França e
Rússia. Por causa disso, os navios brasileiros causaram uma grande agitação internacional, com muitos incorretamente especulando que eles se destinavam a outro país.
Pouco depois de serem entregues, em 1910,
Minas Geraes e
São Paulo foram envolvidos na
Revolta da Chibata, em que as tripulações de quatro navios brasileiros exigiram o fim dos castigos corporais na marinha. Os revoltosos se renderam após quatro dias, quando um decreto foi aprovado garantindo anistia para todos os envolvidos. Em 1922, os dois couraçados foram usados para por fim a
uma revolta no
Forte de Copacabana. Dois anos depois, tenentes do
São Paulo se amotinaram, mas encontraram pouco apoio de outras unidades militares e acabaram navegando até
Montevidéu,
Uruguai, pendido asilo. O
Minas Geraes foi modernizado na década de 1930, porém os dois navios eram muito antigos para participarem ativamente da
Segunda Guerra Mundial, e assim foram empregados na defesa dos portos de
Salvador e
Recife. O
São Paulo foi vendido para um densmantelador britânico em 1951, porém afundou norte dos
Açores durante uma tempestade enquanto era rebocado para seu detino final. O
Minas Geraes foi vendido para um desmantelador italiano em 1953, sendo rebocado para
Génova no ano seguinte.