A formação do comboio japonês foi decidida pelo
Quartel-General Imperial que previa reforçar a sua
posição no Sudoeste do Pacífico. Foi então executado um plano de movimentação de cerca de 6 900 soldados desde
Rabaul diretamente para Lae. A missão era bastante arriscada tendo em conta a
supremacia aérea das forças aliadas. A operação marítima foi desencadeada, pois na outra opção, as tropas japonesas seriam forçadas a marchar sobre pântanos, montanhas e florestas, desprovidas de estradas. Em 28 de fevereiro de 1943, o comboio - constituído por oito
contratorpedeiros e oito navios de transporte de tropas escoltados por aproximadamente uma centena de
caças - partiu de
Simpson Harbour em Rabaul.
Os aliados detectaram os preparativos de movimentação das forças japonesas. O sistema de criptoanálise naval em
Melbourne (FRUMEL) e
Washington D. C., descodificou as mensagens cifradas identificando o destino previsto e a data da chegada das embarcações. As
forças aéreas aliadas tinham desenvolvido novas táticas, e planejaram um ataque aéreo sobre os navios japoneses. As forças aliadas detectaram e sobrevoaram a escolta atacante, a qual ficou sob ataque aéreo prolongado de 2 a 3 de março de 1943. O seguimento do combate foi realizado pela
patrulha de barcos torpedeiros e aeronaves em 4 de março. Todos os oito navios de transporte e quatro dos contratorpedeiros foram abatidos. Dos mais de 6 900 soldados imprescindíveis na Nova Guiné, apenas cerca de 1 200 chegaram a Lae. Outros 2 700 soldados foram resgatados pelos restantes contratorpedeiros e
submarinos, e regressaram a Rabaul. A partir de então, os japoneses não realizaram outras tentativas para reforçar a frente em Lae por meio marítimo. As tropas japonesas não tiveram sucesso na detenção das ofensivas aliadas na Nova Guiné.