Os otomanos tornaram-se mestres na técnica de construir vastos espaços interiores confinados por
cúpulas que, apesar da sua grande dimensão e peso aparentam uma grande leveza, conseguindo uma perfeita harmonia entre os espaços interiores e exteriores e uma perfeita articulação entre luzes e sombras. A arquitetura islâmica, que até então consistia em edifícios simples extensivamente decorados, foi transformada pelos otomanos através de um vocabulário arquitetónico de
abóbadas, cúpulas, semicúpulas e
colunas. A mesquita deixou de ser uma sala algo apertada e escura com as paredes cobertas de
arabescos para passar a ser um santuário de equilíbrio entre estética e técnica, de refinada elegância e evocativo de uma transcendência celestial.